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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Corrente


O Nerd queria ser Fortão,
querido pelas mulheres,
almejado pelos amigos.

O Fortão queria se Culto
frequentador de exposições de artes,
portador de sotaque bonito

O Culto queria ser Revolucionário
apoiador de protestos públicos
defensor da sociedade

O Revolucionário queria se Gênio
descobridor de assuntos ocultos
moldador da história da vida

O Gênio queria ser Nerd
Amante da tecnologia
arquiteto de sonhos focados

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Adjetivo de Possíveis Realidades


Há de se cuidar sempre, contra a miséria!
Pois se não seremos miseráveis em matéria, seremos miseráveis em espírito!

Alegria, alegria!!!


Alegria, alegria!

Apresenta carisma de cara inocente,
Daquelas que os cachorros fazem para levar teu pedaço de bolo.
Te domina do começo ao fim,
Privando de todos os sentidos morais, demonstra todos os seus defeitos dentários,
Na gargalhada escancarada.

Não tem objetivos sociais, apesar da sua ação coletiva (a maioria das vezes).
Pelo contrario muitas vezes titula seus praticantes como marginas, imundos e perigosos,
Que de canto dos olhos, sonham com minutos vividos de tal modo.

Trabalha na diversidade,
dos que chegam a chorar de tanto rir aos que riem de canto de sala.
Dos “atoresantes” e entoadores de piadas aos que riem do tombo alheio.

Das múltiplas ferramentas, a milésima reprise do chaves ao um copo de cachaça.
Da enterrada de basquete ao beijo no rosto dada pela mulher amada.

Da Alegria bem vivida,
A companheira diária até o dia da morte!

(Texto inspirado no filme Quincas berros d'água)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Me Contradisse

Dentro das ferramentas pedagógicas que a vida utiliza com a gente, a contradição com certeza é uma delas! Por experiência digo que somos cheios de afirmações e que subitamente precisamos encontrar justificativas para estarmos, fazendo, pensando ou sendo totalmente ao contrário destas. É o velho lema da “A vida ensina” e perto da vida, somos alunos do primário! Anseio pela singularidade, não fico confortável com as atitudes e pensamentos comuns e de maneira trivial busco definir minha personalidade agregando esta característica. Um belo dia, formatando o design do meu computador, coloquei o papel de parede dos “anonymous” estes são um bando de malucos que atacam sites governamentais e de grandes empresas, afim de denunciar os abusos cometidos. Escolheram como identificação a mascara do personagem “V” do quadrinho “V de Vingança”, a ideia dos “anonymous” é ser uma figura de revolução dentro da internet. Por fim ganharam forças e hoje são famosos no mundo virtual. Perceba a contradição acontecendo! Tento ser singular e a primeira coisa que eu pego para formatar meu computador é um imagem em evidencia na internet! Utilizando termos mais próximos de nós, peguei a coisa mais “modinha” que poderia ter. Resumindo fui a pessoa mais comum do mundo, tentando ser a pessoa mais diferente do mundo! E a vida é assim, ela te “fala acorda” nas coisas mais triviais que estamos fazendo, e que bom que ela faz isto! Pois é importante para nós voltarmos a normalidade, sermos novamente humanos, com atitudes e pensamentos comuns, estes que fez com que tantas coisas já acontecessem no mundo, afinal ser simplesmente comum, já é um grande diferencial.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O novo, denovo!

Este novo persiste, definitivamente não é novidade, pois se apresenta todos os meses, em cores, tipos e necessidades distintas. O novo é tão presente que não deixa possibilidades de pensar o que vem além dele, o que terá depois do novo?! Nada! Pois o novo logo muda de lugar, de opinião, é só surgir algo de novo que o novo se torna o novo denovo! É importante esta atendo ao novo, porque ele que nós encaixa (geralmente) as novas estratégias e qualificações do mercado de trabalho, as novas tendências da moda, as novidades mas tocadas na radio, os novos programas mais assistidos na televisão, se você não estar “novo”, não sabe o “novo”, não tem assunto, esta fora da jogada, ponto final, não tem discussão! E saber isto não é nada de novo, aprendemos com os nossos “velhos” que é importante ler o jornal, para saber o que de novo esta acontecendo no mundo. Foi o novo que mudou o mundo, uma nova forma de fazer as coisas, novas coisas que surgiram, novas urgências que foram necessárias atacar, novas dores, novas doenças, novos prazeres, novos lugares. A história apesar de velha é cheia de novidades! Quando aprendemos algo de novo do que aconteceu no tempo velho, algo de novo muda dentro de nós. Mas as vezes cansa seguir o novo, pois são tantas novidades que estão surgindo, e tantas novidades que acontecerem no tempo velho que não conhecemos, que fazer parte deste novo se torna difícil, e finalmente quando conseguimos alcançar tudo isto, nada disto é novidade!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Adjetivo de Possíveis Realidades


A inspiração é como oxigênio, é necessária respirar para que seja gerada.
Quando respiramos inspiração geramos mais inspiração, e assim é possível criar mundos.
A diferença é que o oxigênio é obrigatório para a vida.

O Mal de Adoniram

Em um típico dia preguiçoso de domingo estava eu em casa assistindo o Som Brasil, era uma homenagem a Adoniram Barbosa, um dos maiores ícones (me arrisco a dizer o maior) do samba Paulista. A qualidade do programa por consequencia das composições é indiscutível, mas o que me chamou a atenção foi quando contaram um pouco da história de Adoniram e falaram que apesar dos pesares a miséria e o semi-anonimato foram seus companheiros até o fim. E se foi assim em vida, em morte teve sua total inversão, a fama e o sucesso veio como um prémio póstumo, presunçosamente resolvi chamar isto do “Mal de Adoniram” (que podia ser de tantos outros José´s!!!!). O mal de Adoniram é uma coleção de fatores, primeiro pelo fim inexorável a morte, esta mazela é de Adnoriam a Maria´s não tem jeito! Um dia chega para todos nós! Segundo por ser ele, um de tantos, que vem a ter seu reconhecimento após a morte, a história universal é rica em exemplos assim, talentos que vieram a ser reconhecidos muito tempo depois do que seus artistas esperavam, desta forma os apertos de mãos e as felicitações tem que ser trocadas por flores e lágrimas sobre os túmulos! Os já famosos também sofrem do Mal de Adoniram, pois quando morrem ficam mais famosos ainda! Pego como exemplo os Mamonas Assassinas (lembrança da infância) e do Michael Jackson, que em níveis diferentes eram famosos, mas após suas mortes! Por fim o mal de Adnoriam são as raízes que temos, elas são os que nos seguram, que nos sustenta, mas também são as que não deixam que a caminhada da vida prossiga. A vida de Adoniram o pegou de tal forma que não foi capaz de deixa-la, de transforma-la! E se até as estações mudam, será que não devemos mudar? Esta é uma pergunta que nem eu, nem Adoniram nem as Maria´s sabem responder. O que nos resta é a escolha, destes males que nem sempre é tão mal assim.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Oco



No oco há eco
Por sobra de espaço
Por falta de gente
Pela ausência do abraço

No oco há frio
Não existe o abraço
O calor do corpo
Os sussurros baixinhos

No oco há medo
Pois o escuro impera
Não se explora os espaços
Não base ao que espera

No oco de nós
A ausência agride
A dor persiste
A violência reside

domingo, 3 de junho de 2012

Desculpas ou Justificativas

Dentre tantas coisas incomuns entre os Homens, a necessidade de lidar com os problemas cotidianos é uma delas. Os problemas aparecem, resultados do aprendizado e lições que a vida voluntariamente nos dá.
Estes existem em todas as proporções, pessoais, sociais, institucionais, e por assim vai. Todos problemas são gerados por uma coleção de fatores e a partir destes fatores é que podemos chegar as soluções.
O que diferencia a busca de soluções é a forma como vemos os fatores, alguns buscam justificativas para os problemas ocorridos, refletem sobre eles e buscam formas de resolve-los, independente do tempo que for necessário. Outros mediante aos problemas buscam desculpas para elas, se conformam em ter dada tais desculpas e aceitam definitivamente os problemas.
O pior nisto é que geralmente as pessoas que optam pelas desculpas são as que devem cuidar de nossas cidades, estados e pais. As desculpas não são dadas para os problemas delas e sim para os problemas de todos. E assim suas desculpas acabam trazendo mal para todos nós.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Um pedaço de nada já vale um trocado



Seu território são três ruas, há que tem a banca de jornal, há da padaria e a da praça onde faz sua morada.
Grande parte das pessoas parecidas com ele costumam ficar na praça suplicando por “um trocado”, ele por algum motivo pensa diferente, pensa que um pedaço de nada já valia um trocado. Foca seu dia-a-dia em fazer valer sua filosofia de vida, praticava a arte de muitos, catava qualquer “treco” que encontrava na rua, como qualquer pessoa sem orientação ou sem norte aprendeu com seus erros, juntou tanto lixo em seu dormitório reservado na praça que foi obrigado limpar, desabrigar a praça e aguentar algumas pancadas de cacete-te.
Mas foi paciente o suficiente de compreender que a vida ensina, e que não demoraria muito para a policia parar de rondar a praça e que ele e seus amigos poderiam voltar.
Sentou em seu banco favorito e forçou a cabeça suplicando por alguma grande solução, nada vinha! Para ele tudo acabara e que era necessário buscar outra coisa, outro lugar, outras ruas. Planejou para o próximo dia a despedida das três ruas companheiras por um tempo da sua clandestina vida.
Ao amanhecer pois-se à sua marcha fúnebre, com passos lentos foi fazendo a via sacra do cotidiano das pessoas que la viviam, ajudou o Senhor Armando a retirar os produtos das caixas de papelão e recolher os jornais velhos para levar aos seus amigos na praça, passou na padaria pediu o mesmo café preto que o acompanhava em todas as manhas, apanhou o prato com o resto de croissant que uma cliente insistia em deixar, guardou o palito de picolé que era figura constante no prato e partiu em direção da praça.
Sentou no seu banco preferido como uma forma ilustre de despedida, abaixou a cabeça lamentando seu fracasso, lembrou novamente da filosofia que havia traído-o “Qualquer pedaço de nada já vale um trocado”! Respirou fundo e direccionou seus olhos aos jornais para distribuir para os outros que la viviam, quando olhou para o jornal viu a imagem de uma maquete de dirigível e com toda a dificuldade que tinha para levar, conseguiu juntar as palavras, descobriu que tal maquete que era feita de jornais e papelões velhos, levou a mão ao bolso e retirou o palito de picolé este que estava no prato junto ao crossant, sorriu e lembrou da sua filosofa “Um pedaço de nada já vale um trocado” porem pela primeira vez na sua vida ela fazia sentido, a partir de então todos os dias foram dedicados em fazer que o dia-a-dia das pessoas que la viviam levassem a sua filosofia, a ela e a seus artesanatos feitos de palito de picolé.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Adjetivo de Possíveis Realidades

Falo mais com a mente do que com a boca, Quando me calo, tento me calar por dentro. Mas esta voz não cessa, sempre dizendo tudo que pensa. Daquilo que eu vejo, suas censuras, seus prazeres, medos e desejos. E eu me perco nesta vida de teatralizar, controlo seus jogos minhas batalhas, é preciso gerar dos esforços para o resultado vir Mas eu pergunto como eu faço para te calar? você só fala, e nunca quer me escutar

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Adjetivo de Possíveis Realidades

Sinto falta dos cafés e dos barulhos das maquinas da cafeteria Das noites Parisienses, sem ao menos imaginar como são suas noites! Sinto falta do cálice do vinho, dos blazers e dos casacos. Das mulheres de rostos rosados, sinto falta da necessidade da manteiga de cacau na boca. Sinto falta de você, frio!

domingo, 1 de abril de 2012

Adjetivo de Possíveis Realidades

Estou perdido da alfazema da nebulosa desta constante força.
Que me impulsiona para esta infertilidade universal, que nada faz e que nada cria.
Como onda forte que bate com violência e te joga para o fundo. Antes mesmo de fugir ou encara-la é necessário encontrar-se.

domingo, 18 de março de 2012

O que posso fazer com o tempo que o tempo me deu?

Remôo, lembro dos meus defeitos.
Reescrevo as duvidas reedito as dividas e lamento os outros tempos não vividos.
Planejo outros tempos o de segunda-feira até o meu 50º aniversario vejo as impossibilidades dos sonhos de crianças. Articulo as disputas do mercado.
Às vezes bebo outras corro para perder as colorias que ganhei bebendo.
Aprendo lendo, vendo filósofos e receitas na TV. Ouço musica antes de dormir, agradeço a Deus. Abraço meu travesseiro
Às vezes saio com meus amigos e bebo, celebro o desfecho da divida que vou causar, dos outros finais de semanas que vou precisar ficar em casa por isto.
Cobro por ser escritor, compositor, analista de sistema, amigo, amante e filho. Da atenção que preciso ter a todos os instantes.
Olho para o teto do meu quarto, sonho acordado sou quem posso ser naquele instante, viajo para um local distante dentro do corpo deitado.
Às vezes me pego brincando outras cantando, sendo técnico de basquete e futebol, líder de banda outras me pego tentando chorar para aliviar o que nem eu sei ao claro o que é.
Às vezes acho que me falta tempo para novas conquistas para novos estudos para novos lugares e novos amores. Mas depois do que eu vi em um domingo a noite acho que a soma de mais tempo seria apenas para continuar fazendo o que eu faço com o tempo que o tempo me da.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Adjetivo de Possíveis Realidades

Tinha definido a idéia principal de sua tela, era para poemas!
E assim foi ele desenhando flores, escrevendo segredos melancólicos e trechos de musicas.
Desta forma fez o que deveria ter feito! Usado a tela para fazer o que quisesse.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Do artista ao inútil. Questões de pontos de vistas



Um tempo atrás fui a São Paulo para assistir uma peça baseada em uma das obras de Woody Allen (confesso que sou fã do diretor) a peça chamava Adultérios (mantendo o nome original) e contava a história de um escritor que tem um encontro marcado com sua amante (na ocasião para terminar com ela) em um cais e acaba conhecendo um morador de rua que alega que o ultimo livro do escritor é uma idéia roubada dele. (fiquem tranqüilos que estas informações estão na sinopse da peça). O interessante foi às conclusões tiradas da peça e das coisas que ocorreram até a peça.
Apesar de gostar muito do autor (Woody Allen) tinha meus preconceitos com o elenco da peça, nela participava atores famosos que atuam em novelas, séries e coisas do genero, tal fato gerava um incomodo por não ser ator especializado em teatros. Deste ponto iniciou as lições daquela noite: esteja aberto para aprender com o desconhecido! Muitas vezes guarda agradáveis surpresas, e naquele caso foi o que aconteceu, o tal “atorzinho de novelas” (assim que eu pensava) detonou na peça, foi fantástico do começo ao fim, com certeza coroou mais seu talento com um bom trabalho. Para mim restoram os famosos tapas na cara! E a lição não acabava por ai, por que da mesma forma que profissionais que não estão especificamente vinculados ao um tipo de trabalho (o caso de ator de televisão fazer teatro) pode sair tão bem quanto os específicos, assim também é com seus consumidores.
Imagina só se eu tinha certo “pré-conceito” com os atores de novelas, o que não pensava dos seus consumidores, digo expectadores? Naquela noite quando estava de pé aplaudindo a grandeza da peça, refleti sobre a grandeza de experimentar a troca de informações e conhecimentos entre tribos diferentes, o “NÃO JUGUEIS” nunca fora tão claro e didático para mim.
Mas como as lições da vida naquela noite resolveram fazer um curso intensivo comigo, havia muito mais para aprender.
Como comentei há pouco tempo a história acontecia entre o conflito de um escritor que esta sendo acusado por um morador de rua de ter roubado suas idéias para escrever seu livro e o dilema da separação com a sua amante. E desculpem se eu estou contando pequenos trechos da peça, mas outra lição que tive naquela noite surgiu quando o morador de rua foi abordado pelo escritor, sobre como ele poderia ter roubado a sua idéia. O morador respondeu sem hesitar, que o escritor havia escutado ele conversando com outro morador sobre a sua idéia para um livro.
Refleti sobre o saber, ou melhor, sobre o que classifica uma pessoa como sábia?! Não sei se muitos de vocês já tiveram a surpresa inoportuna de ser abordado por uma pessoa que subitamente seria classificada como louca, e que desembestadamente começou a contar sua história que por fim era extremamente interessante?! Pois bem eu já tive inúmeras experiências como esta, lembro-me que uma vez no trem indo para São Paulo que fiquei prestando atenção na aula de trigonometria que um senhor embriagado, o mais surpreendente é que ele ensinava corretamente.
Mas a questão que me levou refletir no momento da peça é que a vida destas pessoas (que podemos classificar como perdidas) proporcionou para elas histórias, experiências, lições, conhecimentos tão valiosos capazes de torna-se um Best-seller mundial e inegável que muitas vezes classificamos tais como inúteis.
E de repente o fator que difere um cidadão desenquadrado dos padrões sociais e um grande escritor é que um deles não esta na capa do livro publicado. Longe desmerecer os escritores, artistas, compositores, cientistas, trabalhadores entre outros, tais devem receber seus merecimentos todos os dias. O problema é que desmerecemos os ditos inúteis, e Ca entre nós, é um bocado complicado explicar trigonometria!

Adjetivo de Possíveis Realidades

Sempre me achei diferenciado por estar em um teatro assistindo....
e não por falta de humildade.... mas por medo do superficial....
Ai descobri que isto é maior falta de humildade

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O dia em que o sol brilhou

O dia em que o sol brilhou
As pessoas riram, o menino pulou
Pois haveria brincadeira de rua
Brincadeira de roda

O dia em que o sol brilhou
O motorista não enxergou,
Bateu na arvore e flores e folhas
Foram ao chão

O dia que o sol brilhou
O pássaro cantou a melodia da musica
Que a empregada colocou

O dia em que o sol brilhou
A ausência acabou,
Meu coração palpitou
Minha amada chegou

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Cheiro do Conhecimento



Resolveram que o melhor para a humanidade era quantificar todas as coisas, portanto tudo que até então eram incontáveis (não tinha como saber o quanto era possível acumular) deveriam agora ter uma medida, assim seria corretamente distribuídos a todos.
Para iniciar este trabalho de medição, convocaram todos os sábios a fim de criar uma medição para o conhecimento que um homem deveria adquirir.
Após horas de analise e discussão da qual seria a melhor medida para quantificar o conhecimento chegaram ao consenso de medir por fracos iguais aos de perfumes.
Sendo que tendo esta medida era possível fazer a distribuição dos conhecimentos, a atribuição de tamanho e volume de cada frasco é definida pelo seu proprietário.
O primeiro sábio refletiu sobre a atribuição de medida dada ao conhecimento, e lembrou que muitas vezes as grandes fragrâncias estão depositadas em pequenos frascos, escolheu para si conter um conhecimento de valia inestimável, mas que não permitia que fossem atribuídos outros conhecimentos.
O segundo pelo seu anseio em obter todos os conhecimentos escolheu ter um frasco inesgotável onde a partir dele seria possível viver a eterna guerra da satisfação e frustração.
O terceiro pelo seu receio do que podem fazer com os conhecimentos escolheu ter um frasco mediano, mas que fosse escuro o suficiente para criar desinteresse entre as outras pessoas. Contrapondo o quarto sábio que optou em ter um frasco transparente de forma que todos pudessem observar sentir e usar os conhecimentos adquiridos por ele.
E desta forma todas as pessoas foram chamadas para definir em qual tipo (tamanho, forma, cor, etc.), de frasco guardariam seus conhecimentos.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O misterioso Plácido Alvarez de Alvarez



Domingo por volta das dez da manha o casal Bitencur acorda, tranquilamente tomam seu café da manha e se trocam para sair, Clarisse e Guilherme despedem do filho que passara o dia na casa de amigos brincando e pega seu carro saindo do Jardim Morumbi, condomínio dos sonhos Rua dois, rumo ao museu MASP.
O casal tem como costume ver exposições artísticas antes de encontrar um bom restaurante para almoçar.
No MASP estava sendo apresentada uma coleção titulada “Os novos artistas – Obras Clássicas e Contemporâneas” e nos cartazes e folhetos promocionais havia a imagem de uma escultura de um dirigível com traços europeus o que chamou atenção de Clarisse e levou a escolha deste programa dominical na ocasião.
Ao chegarem até o museu, pegaram o folhetim de apresentação da exposição e adentrou ao museu, a entrada era franca.
Sem dar importância às informações déspotas no folhetim, foram cuidadosamente passando sobre cada obra expostas, na exposição encontrava-se uma diversidade de trabalhos com esculturas miniaturas, quadros, textos, etc.
Após algum tempo vendo as obras chegaram ao tão esperado dirigível, este havia ganhando local de destaque na exposição. O casal analisava clinicamente a obra, salientando todos os detalhes e precisão que o artista teve ao construir tal maquete, era perceptível que nenhum detalhe foi deixado de lado e da habilidade do artista em trabalhar com papelão e latas recicláveis.
Após a esgotante analise feita sobre a obra, Clarisse observa o nome indicativo na placa abaixo da obra o artista se chamava Plácido Álvares de Álvares. Clarisse subitamente fala ao seu esposo.
Clarisse: Você viu que interessante a obra desde Plácido Alvarez de Alvarez?
Gustavo: Este é o nome do artista?! Interessante, ele é genial!
Clarisse: Pois é. Uma construção de dirigível idêntica a um de verdade.
Gustavo: Perceba as características do dirigível são européias.
Gustavo: Certamente o artista é europeu.
Clarisse: Sim, é possível saber pelo nome Plácido Alvarez de Alvarez. Português certo?
Gustavo: Acredito que seja Espanhol.
Gustavo: E deve ser muito famoso em seu país, afinal veja a qualidade desta obra. Fico ansioso em saber quando terá uma apresentação apenas dele.
Clarisse: Vou fazer uma pesquisa das suas obras e ver se existe alguma possibilidade de ver aqui no Brasil ou quem sabe em uma próxima viagem a Espanha.
E desta forma ficaram aproximadamente uma hora admirando aquela obra e discutindo as possíveis origens e destinos daquele grande artista.
Porem o que o casal não havia percebido é que no folhetim sobre a exposição, era explicado que a exposição era de uma Organização Social chamada “Descobrindo Valores” que trabalhava com criação artística com comunidades de baixa renda, e o tal Plácido Alvarez de Alvarez pertencente à comunidade e participante do programa cuja habilidade de trabalhar com papelão e latas recicladas permitiram que ele montasse um dirigível visto em uma revista, não pode participar da exposição por que justamente naquele final de semana a sua escala no trabalho de jardinagem fez com que fosse trabalhar no condomínio dos sonhos Rua dois no Jardim Morumbi.

Adjetivo de Possíveis Realidades

Na silhueta da luz sobre a pele morena,
As valsas dos dedos passando carinho do selo,
Encaminhando o sono ao mundo dos sonhos

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