A falta do tentar, sempre me gera muitas dificuldades, com
esta falta me vem frustações, inseguranças, apatia, medo e baita de uma grande
confusão! Subitamente direciono-me para um prisão intelectual, onde fico,
horas-e-horas refletindo, martirizando e imaginando, quais seriam as
conquistas, uma vez que a tentativa houvesse ocorrido. Curiosamente afastando-me
de tudo aquilo que estou fazendo, que estou tentando!
Penso que esta inercia do tentar, ocorre justamente pela
definição do verbo. Esta incerteza do resultado quanto vamos tentar algo, não
sabemos se esta tentativa, trará fatos positivos. E como lidar com fracassos
gerados pelas tentativas?! Desta forma muitas coisas ficam da mesma forma,
planejadas e intactas, oferecendo com isto os mesmos resultados qual olhamos um
quadro, a ilusão da próxima cena criada em nossas cabeças.
Mas como ser emocional que somos (segundo Eric
Bane), retomo a motivações das velhas tentativas, todas projetadas nas
congratulações da ação quando estiver concluída. Observo meus planos e como ser
estruturado (segundo eu mesmo) observo os planos, reorganizo suas sequencias e
prioridades, defino datas para iniciar e concluir e subitamente a todo este
planejamento, observo a ideia da obra construído, esperando o dia que eu vou
ter coragem de tentar fazer algum desses planos.