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quinta-feira, 24 de março de 2011

Do trapo no chão, a expansão do mundo. A conseqüência do desaparecimento


Em um sábado passado recentemente precisei ir para Campinas entregar meu trabalho de conclusão da Pós Graduação (que por sinal foi uma Odisséia alcançar a possibilidade de entregar este trabalho, super trabalhoso). Bem já era um sábado atípico, pela pressa e ansiedade de entregar aquele trabalho (tinha hora limite de fazer a entrega), mas o que de fato me chamou atenção naquele sábado e que me levou a fazer este texto, foi um trapo de roupa que vi no chão.
Bem corri como era necessário para conseguir fazer a entrega do meu trabalho, e após entregar na Faculdade veio à prazerosa sensação de alivio e calmaria. Estava bem, e toda aquela pressa foi embora, na volta de Campinas para Itupeva o que eu mais queria era voltar devagar observando todas as cenas e fatos que eram possíveis.
A faculdade fica perto da Rodoviária de Campinas e para voltar para Itupeva, tenho o costume pegar uma avenida (desculpem não vou lembrar o nome dela) que da acesso a Anhanguera, bem quando estava nesta avenida vi o trapo de roupa no chão, jogado e sozinho. E esta cena remeteu uma curiosidade em mim, Quem será o dono deste trapo? Será que ele ainda esta vivo? Será que as condições que ele vive hoje favorece ou desfavorece a imagem que temos quando vemos um trapo de roupa no chão?
Foi ai que pensei, quantos vestígios de pessoas e fatos imperceptíveis temos a cada dia? Quantas pessoas será que observaram aquele trapo no chão? E o quanto pode ser simples e triste o fim de uma história? Pessoas desaparecem todos os dias e nem percebemos.
O curioso que esta sensação que eu tive contrapõe um fato trágico recente, o Tsunami no Japão, é impossível não se comover com o que ocorreu com eles, toda destruição e dor decorrente a esta tragédia, fora as milhares de pessoas desaparecidas, milhares de histórias que nossos corações e esperanças estão direcionados para que não tenham um final triste, mas pela proporção do acontecimento a conseqüência destes desaparecimentos, fez com que todos voltassem suas mais nobres e melhores energias para que as coisas fiquem bem. Porem e aquele trapo? Qual é a proporção daquele desaparecimento, nenhum!
Fatos nos fazem esquecer de outros fatos, para mim às vezes é difícil de lembrar da tragédia ocorrida também por um Tsunami no Haiti, país que tem muitos menos recursos de recuperação que o Japão, às vezes é difícil de lembrar também as mais de 500 mortes na serra carioca por deslizamento de terra causada pela chuva.
Lembramos daquilo que causa mais conseqüência, daquilo que esta mais em evidencia, daquilo que nos é lembrado. Garanto que a retrospectiva do ano de 2011 não terá apenas momentos felizes, afinal já observamos fatos trágicos.
Mas o que mais me incomodou em tudo isto é ver a fragilidade daquele trapo no chão, afinal não houve notícias sobre ele na televisão, não foi acometido de tragédia ele esta lá ao léu, não vai passar na retrospectiva no final do ano a sua história. E acredito que nem precise mesmo. Mas quantos trapos no chão são deixados pelos seus donos por dia? A vida de muitos acaba e nem percebemos, e se começarmos a contar nos dedos vamos concluir que é digno de passar na restropectiva sim.
Afinal coisas grandiosas acabam com a vida como um Tsunami, mas as coisas pequenas também, como a fome, a miséria e a solidão para os Trapos também nos restam Rezar.

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